Que negócio é esse ?

Absolutamente inacreditável a confusão em torno das entradas promocionais do jogo Flamengo e Atletico Paranaense. Sem contar o desrespeito aos torcedores há que se levar em consideração a irresponsabilidade dos envolvidos na promoção. Era de notório conhecimento dos envolvidos o apelo deste jogo e por conseguinte a quantidade de pessoas na procura pelos ingressos. A desculpa esfarrapada da empresa promotora de que houve punição ao Flamengo é de uma hipocrisia absoluta. A confirmação do inicio da venda foi feita no Domingo 18/11, vários dias após a suspensão da dita punição. Caso não houvesse tempo para a impressão dos ingressos era óbvio o caminho a seguir: Adiar a venda. Como de fato acabou ocorrendo.

Levando a questão para o âmbito econômico temos aspectos interessantes a analisar. Imagine este fato ocorrendo em algum país da Europa, nos Estados Unidos ou na Ásia. O que ocorreria ? Quem seria processado ? Que tipo de punição aplicada? Por aqui nas terras de Macunaíma estamos ainda descobrindo que deve-se denunciar o mau trato com os consumidores. Pouco ou nada se discute acerca do que representa economicamente um evento como este. A preços atuais, somente de ingressos, se arrecada cerca de meio milhão de dólares. Ou seja, com a arrecadação de um único jogo é possível cobrir as despesas do departamento de futebol de praticamente qqer clube da 1a divisão por um mês. Desta forma parece risível a postura de dirigentes, patrocinadores, cartolas e inclusive imprensa que usa o termo cultura ou lazer para se referir aos eventos desportivos.

Está mais do que na hora de se tratar com seriedade devida estes casos e implicar, de verdade, os envolvidos. Precisaremos ter mortes (Bateau Mouche, Raves) ? A infração do código do consumidor é mais do que suficiente para, no mínimo, iniciar uma investigação.

Se o futebol é mesmo um negócio, que seja tratado como tal, de verdade. E, como diz o ditado, Amigos , amigos, negócios à parte.

As torcidas agradecem.