Durante esta semana a cidade do Rio de Janeiro viveu uma situação-limite como consequência de uma chuva acima dos padrões normais para o período. Dito desta forma pode parecer até que a situação não poderia ter sido evitada ou ao menos mitigada. Porém, se nos aprofundarmos nos fatos veremos que o caos instalado a partir da manhã de 4ª feira teve contribuição definitiva das autoridades. Vamos aos fatos :
- Diversas regiões da cidade sofreram como sofrem há décadas os mesmos problemas de alagamento, deslizamento e tragédias anunciadas.
- Não houve fechamento do Túnel Rebouças assim que os sinais de risco foram detectados. Por sorte o deslizamento de terra ocorreu em horário de pouco ou quase nenhum movimento.
- A população só ficou sabendo da interdição do túnel pela manhã. Impacto imediato para centenas de milhares de pessoas que trafegam diariamente pelo túnel.
- Mesmo após o fechamento houve pouca informação acerca do tempo que duraria a interdição causando prejuízos e caos no tráfego na região central da cidade na hora de saída do trabalho.
- O caso do deslizamento de uma pedra que colheu um carro na entrada do túnel do Joá meses atrás embora não pudesse ter sido evitado deveria ter sido usado como exemplo da necessidade de atitudes profiláticas e preventivas mais regulares, mesmo que com impacto para a população.
Poderíamos citar outros pontos que demonstram toda a complexa rede de ações e omissões que ocorreram neste episódio mas vale destacar como ponto focal a simples inexistência de uma conduta responsável do poder público no que diz respeito a sua função precípua. Qual seja ? A de fazer com que o cidadão tenha a plenitude dos seus direitos resguardados. Direitos como cidadão e acima de tudo como ser humano.
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